O 032 é um DD Paradiso G7 1800 acoplado no chassi Scania K420IB, com configuração executiva, equipado com 44 lugares na parte superior e 13 na parte inferior, contando também com frigobar, tomadas USB, monitores, internet Wi-Fi e banheiro.
Sobre a plotagem "Vidas Negras Importam" do ônibus 032
Batizado como Francisco José do Nascimento, o "Dragão do Mar", o veículo traz as setas que apontam para frente, para o futuro.
A visão da empresa é sempre pensar no futuro, modernizar as operações, a comunicação e as ideias, para que possam sempre ficar um passo a frente do mercado.
Ele também representa um futuro melhor para a sociedade e para as futuras gerações, querendo um futuro sem racismo, sem desigualdade social onde todos possam ter uma vida digna, sem terem que se preocupar com a sua opção sexual, com a sua raça ou com as suas escolhas.
Do outro lado, ela aponta para o passado da empresa, relembrando todas as lutas, vitórias e derrotas, antigos colaboradores e veículos que fizeram parte da história da empresa.
"Temos sempre que lembrar de onde nós viemos, para que nunca possamos esquecer tudo aquilo que vivemos." Relata o colaborador da empresa.
Também faz uma homenagem a todas aqueles que lutaram por igualdade racial no Ceará, no Brasil e no mundo e que nunca devem ser esquecidas as lutas do passado.
Porque, Dragão do Mar?
Dragão do Mar nasceu em Canoa Quebrada, Aracati. No dia 15 de abril de 1839, o pescador Manoel do Nascimento e dona Matilde Maria da Conceição receberam com alegria o filho Chico. Poucos anos depois, aos oito anos, Chico perde o pai e vai morar com outra família. Aos 20, aprende a ler. Torna-se chefe dos catraieiros (condutores de bote), trabalha na construção do porto de Fortaleza, é marinheiro, e finalmente é nomeado prático da Capitania dos Portos. Com a deflagração da greve, em 1881, é demitido. Três anos depois, com a libertação dos escravos, Chico da Matilde leva a embarcação Liberdade no barco negreiro Espírito Santo para o Rio de Janeiro. Mas a Liberdade ganha asas e toma rumo incerto.
"A jangada Liberdade, de Francisco José do Nascimento, era a clássica, de troncos. Símbolo de uma resistência popular vitoriosa no Ceará, foi levada à Capital do Império a bordo de um navio mercante e, mesmo viajando no porão, inaugura a rota das futuras aventuras dos jangadeiros nordestinos em direção ao Sul. A embarcação foi exibida nas ruas do Rio de Janeiro, sob os aplausos da multidão, e pouco depois é doada ao Museu Nacional, onde foi recebida como valiosa peça etnográfica (...). Em seguida, a jangada foi transferida para o Museu da Marinha (...), de onde, queimada, feita em pedaços ou desmontada, desapareceu".
Até hoje não se sabe o destino da Liberdade, que uniu cearenses e permanece no imaginário de todos como a vitória concreta da solidariedade entre as raças, credos e timbres, do sertão ao litoral. Ao lado da vela, a imagem guerreira e emblemática de Dragão do Mar.
Texto: Instituto Dragão do Mar
"Também, pelo Dragão do Mar possuir uma forte luta contra o fim da escravidão no Ceará, decidimos homenageá-lo". Finaliza o colaborador.
Seguindo com o passeio, os busólogos puderam ficar a vontade e fotografaram o veículo de vários ângulos.
Em seguida, o experiente motorista Arrais conduziu os participantes até a segunda garagem da empresa, localizada em Caucaia, que está passando por uma grande reforma para melhor acomodar seus veículos e colaboradores. Após o passeio no 032 até Caucaia, a empresa acomodou os participantes no ônibus 042, um Double Decker com configuração Leito Cabine Cama, o único atualmente no estado do Ceará. O ônibus é acoplado no chassi Mercedes-Benz O-500RSD, e possui 26 lugares, tomadas USB, internet via Wi-Fi, monitor e banheiro.
A viagem no 042 foi curta, mas, o suficiente para os participantes aproveitarem bastante o conforto do Double Decker.
No dia seguinte, mais membros foram convidados para participar do segundo dia de "famtour", dessa vez para a cidade de Jijoca de Jericoacoara, localizada no litoral norte do estado.
A tranquila viagem iniciou por volta de 05:30, no luxuoso ônibus 042, também conduzida pelo experiente motorista Arrais e durou 4h30, com uma parada para o lanche, em Paraipaba. Além dos busólogos, uma cooperativa de guias turísticos do estado esteve presente na viagem, passando dicas e informações sobre as cidades do trajeto. Chegando em Jijoca, os busólogos tiveram a opção de ficar na cidade ou curtir a paradisíaca ilha de Jeri. Alguns participantes optaram por usufruir de passeios pelos pontos turísticos do lugar.
Após o proveitoso dia, os membros retornaram para Jijoca às 17:30, onde em seguida, às 18:30, embarcaram no luxuoso ônibus rumo a Fortaleza.
A equipe MOB Ceará agradece a Neqta Transportes pelo maravilhoso "famtur", que sem dúvidas ficará registrado para sempre na memória dos participantes.
Fonte: MOB Ceará