Empresa São José de Ribamar: As faces da Empresa em todas
as décadas
Nesta matéria vamos detalhar um pouco dos modelos de ônibus
que a Empresa São José de Ribamar adquiriu desde sua fundação. Com esses
detalhes vamos mostrar as faces da Empresa, como o respeito aos passageiros, os
pioneirismos e o modo de conservação de seus veículos e instalações.
Década de 1960
Logo após a fundação, circulavam pelo Bairro de Fátima e
pela Vila Simone as 10 caminhonetes de João Alberto, eram duas International,
quatro Chevrolet, uma Ford 1946 e três Mercedes-Benz diesel.
Elas circularam soberanas até 1968, quando a Empresa
adquiriu a primeira carroceria Caio-Norte. Era um Caio Jaraguá com chassis
Mercedes-Benz LP-321 montado na garagem.
Foi neste ônibus – de número 01, que foi inaugurada
a pintura em forma de “asa”, modelo idêntico ao utilizado pela Empresa Vitória
de Recife. A empresa pernambucana utilizava as cores azul e branca, e a Ribamar
encomendou o mesmo modelo nas cores verde e amarela.
O curioso é que o veículo chegou azul e branco... Após reclamações, a Caio pagou a nova pintura, para que a São José de Ribamar executasse em Fortaleza. E a partir do segundo Jaraguá, todos os ônibus “modernos” chegaram com as desejadas características de pintura. A partir destes, até 1976 a Empresa veio a adquirir apenas ônibus com carroceria Caio.
O curioso é que o veículo chegou azul e branco... Após reclamações, a Caio pagou a nova pintura, para que a São José de Ribamar executasse em Fortaleza. E a partir do segundo Jaraguá, todos os ônibus “modernos” chegaram com as desejadas características de pintura. A partir destes, até 1976 a Empresa veio a adquirir apenas ônibus com carroceria Caio.
Década de 1970
Foi uma década de um significativo salto em modernidade na
empresa, com a aquisição dos primeiros monoblocos em 1976.
01, 02 , 03, 04 e 08(foto). O monobloco foi um marco, pois era o que havia de mais
luxuoso na época.
Ainda em 1972 resistiam em circulação as últimas caminhonetes
da década de 1950 e neste mesmo ano foi adquirido o primeiro Caio Bela Vista, de número 09.
Que foi seguido pelos outros Caio Bela Vista, mais conhecida como "Cara-Preta".
Nesta mesma época tornou-se obrigatório a inscrição “EMPRESA SÃO JOSÉ DE RIBAMAR” nas laterais dos ônibus. Até então a pintura só tinha com as “asas” nos ônibus Caio e um losango nas caminhonetes.
Na segunda metade da década de 1970, ainda foram adquiridas
as carrocerias Caio Gabriela I e II, todos com chassis Mercedes-Benz OH-1313.
Caio Gabriela I, chassi Mercedes-Benz OH-1313 |
Mais um ápice de modernidade marcou esta década na Empresa,
pois logo no início chegaram as carrocerias Marcopolo Sanremo.
João Alberto recebendo da Importadora do Nordeste o primeiro chassi OH-1517 de Fortaleza |
Todos vieram
com motor Mercedes-Benz traseiro, sendo um OH-1517, dois OH-1419 e quatro
OH-1313. Um deles inclusive, o 18, foi o único Sanremo a chegar com o teto rebaixado. Porém por infortúnio, sofreu um grave acidente apenas a alguns dias de sua inauguração, o que obrigou a ser reencarroçado também como Sanremo.
Em 1981 a São José de Ribamar comprou da Empresa São
Francisco (de José Maria Soares) quatro modelos Ciferal Tocantins, dois OH-1313
e dois OH-1517.
Ciferal Tocantins MB OH-1517, Ex-Empresa São Francisco |
Em 1982 chegaram os primeiros modelos Caio Amélia. A maioria
deles vieram com chassis Mercedes-Benz OH-1313, apenas os últimos – de 1987 e
1988 vieram com chassis OF-1313 e OF-1315.
Em 1984 a Empresa prendeu a atenção do público após a
aquisição de um Caio “Itaipu” da sucata da CTC, ele foi completamente restaurado,
ganhou número 07 e rodou no Aguanambi em estado de novo.
Caio Itaipu, Ex-CTC |
Sem sombra de dúvidas o grande destaque foi o primeiro chassi Scania de Fortaleza.
Scania 32, carroceria de 1985 |
Numa carroceria Marcopolo Torino, o 32 marcou
época, pela sua beleza e elevado desempenho e serviu por pouco tempo a linha
Campus do Pici-Unifor transportando com facilidade mais de 200 passageiros até
que por erro de fabricação, sua carroceria teve uma grande rachadura, o que
obrigou a Marcopolo reencarroçá-lo, o que ocorreu em 1989.
A era das aquisições de Scania pela Empresa foi só nessa década (32-1985; 33-1987; 50-1988; 21-1989).
Continuando com suas surpresas a Empresa São José de Ribamar trás dois monoblocos O-364 e logo na estréia, produz uma sessão de fotos na igreja de Fátima, a exemplo do que ela já fazia há tempos.
Vale ainda frisar as aquisições dos Marcopolo Torino 1988 e
1989 e ainda o Caio Vitória, que foi sucesso nacional de vendas e que foi
representado por três nesta década (46, 47 e 48).
A garagem
Desde 1958 a garagem utilizada pela Empresa era na realidade
o quintal do casarão que João Alberto construiu no Bairro de Fátima. Com o
constante aumento da frota, tornou-se necessária a construção de uma nova e
maior garagem, que teve sua construção iniciada em 1983 no bairro Vila União. Aquele bairro tinha o transporte coletivo servido pela
Empresa Muribeca, de José Liberato Barroso. Eram constantes as queixas por
conta da demora e dos ônibus em condições precárias.
Praticamente junto com a inauguração de nova garagem que é utilizada até os dias de hoje, a São José de Ribamar adquiriu as linhas Vila União e Aeroporto da Empresa Muribeca e passa a contribuir direta e indiretamente com o crescimento das duas regiões.
Apesar de a garagem estar localizada no bairro Vila União, a sede da Empresa São José de Ribamar continua no mesmo local: O casarão da década de 1950 na rua Barão de Aratanha.
Na próxima edição – a de aniversário, vamos mostrar um pouco
do que ocorreu na Empresa São José de Ribamar a partir da década de 1990 até a
atualidade. Não perca.
Muito bem,gostei da postagem das fotos em homenagem a essa empresa que é 10 e é verde amarelo,a cor da bandeira do nosso país.Valeu MOB.
ResponderExcluirOlá. Morei muitos anos em Fortaleza, como um bom usuário de ônibus, a empresa SÃO JOSÉ DE RIBAMAR era na minha opinião a melhor. Veículos sempre limpos e bem cuidados. Ouvi falar que fechou. Alguém sabe o motivo pelo qual um empresa tão boa e tradicional fechou as portas?
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