Um inusitado modelo de ônibus, que fazia referência às antigas jardineiras, foi lançado pela Ciferal em 1985, com o propósito de atender as necessidades turísticas na Cidade do Rio de Janeiro, mas que, rapidamente, alcançou diversas empresas em todo o Brasil.
Construído de forma quase inteiramente artesanal, o Ciferal Jardineira tinha projeto baseado no modelo Fênix, que por sua vez, tem herança estrutural do Ciferal Urbano da década de 1970.
O Jardineira surgiu em um contexto de crescimento da Ciferal, após um período de grave crise que culminou com o processo de falência da empresa, o que ocorreu em 1982.
No ano seguinte, com autorização judicial, a companhia retomou a produção, atendendo a encomenda de 125 ônibus (com carroceria conhecida como "Padron Briza") para a CTC do Rio de Janeiro, e aos poucos, com o apoio do governo do Estado, a Ciferal tomou novo fôlego.
Apesar do lançamento do Ciferal Jardineira ter ocorrido no ano de 1985, a sua história começa cerca de nove anos antes, na capital do Estado de Goiás. Em 1976, Goiânia inaugurava seu principal corredor do sistema de transporte coletivo - O Eixo Regional de Serviços, posteriormente chamado Eixo Anhanguera - idealizado pelo arquiteto curitibano Jaime Lerner, como parte de um conjunto de medidas voltadas à melhoria do transporte de passageiros na capital goiana.
Ciferal Urbano |
O Jardineira surgiu em um contexto de crescimento da Ciferal, após um período de grave crise que culminou com o processo de falência da empresa, o que ocorreu em 1982.
No ano seguinte, com autorização judicial, a companhia retomou a produção, atendendo a encomenda de 125 ônibus (com carroceria conhecida como "Padron Briza") para a CTC do Rio de Janeiro, e aos poucos, com o apoio do governo do Estado, a Ciferal tomou novo fôlego.
Apesar do lançamento do Ciferal Jardineira ter ocorrido no ano de 1985, a sua história começa cerca de nove anos antes, na capital do Estado de Goiás. Em 1976, Goiânia inaugurava seu principal corredor do sistema de transporte coletivo - O Eixo Regional de Serviços, posteriormente chamado Eixo Anhanguera - idealizado pelo arquiteto curitibano Jaime Lerner, como parte de um conjunto de medidas voltadas à melhoria do transporte de passageiros na capital goiana.
Para a operação naquele período, foram adquiridos várias unidades de um modelo de ônibus urbano fabricado pela carioca Ciferal. Baseado no Ciferal Urbano Básico, o referido ônibus trazia as carenagens dianteira e traseira diferenciadas de seu antecessor. Em alguns encartes, o modelo foi apresentado como "Ciferal Urbano Panorâmico", devido, obviamente, ao amplo para-brisas voltados a 90º com a horizontal. Os ônibus que circularam em Goiânia dispunham de chassis Mercedes-Benz OH-1517, com motor traseiro.
Cerca de dois anos depois, a capital goiana é beneficiada pelo Programa Nacional do Ônibus Articulado, e a Scania ganha a licitação da Transurb/EBTU, fornecendo quatro possantes ônibus articulados equipados com chassi B-111, transmissão automática ZF e carroceria Ciferal "Panorâmico".
Assim como em Goiânia, o novo ônibus da Ciferal também marcou presença na empresa Circular Santa Luzia do município de São José do Rio Preto, em São Paulo, com configurações similares ao articulado da Transurb, com chassi Scania B-111.
Em 1985, Jaime Lerner, o mesmo arquiteto que formulou o corredor de Goiânia, foi designado para estabelecer as bases do Plano Integrado Rio Ano 2000, que propunha o lançamento de um veículo destinado ao transporte dos banhistas da orla carioca, a ser operado pela companhia municipal carioca CTC.
O também arquiteto Abrão Assad elaborou o design básico do novo veículo, inspirado nos antigos bondes, utilizando o modelo Ciferal Fênix como base.
As carenagens dianteira e traseira foram as mesmas utilizadas nos ônibus Ciferal de Goiânia, que pareciam ter sido feitas para o novo projeto.
O novo veículo, denominado Jardineira, finalmente foi materializado e utilizado nas ruas cariocas, sendo inaugurado na linha 500-Leme/São Conrado, ostentando seus detalhes marcantes, como os bancos de madeira e as janelas quadradas extraídas dos "para-brisas" originais dos chassis Mercedes-Benz (foto ao lado).
Depois da produção dos Jardineiras para a CTC-RJ, várias empresas do Estado do Rio manifestaram interesse pelo modelo. Outras empresas fora dos limites fluminenses também encomendaram o modelo turístico da Ciferal, destacando Bahia, Ceará, Amazonas, Santa Catarina e Paraná.
O Jardineira teve produção encerrada em meados de 1992, deixando uma lacuna que até os dias de hoje não foi preenchida, pois este era um modelo diferenciado com função específica para o transporte de passageiros em zonas praianas.
Jardineiras no Ceará
Fortaleza foi uma das capitais brasileiras que contaram com a presença do lendário modelo turístico da Ciferal. Todos os ônibus pertenciam a Empresa Iracema, que foram os primeiros do Estado do Ceará e operavam na linha 910 - Praia Circular, que ligava a Praia do Caça e Pesca à Praia de Iracema.
Os turistas que visitavam a capital cearense também tiveram a possibilidade de visitar o litoral de Caucaia e Aquiraz a bordo das Jardineiras das empresas Vitória e São Benedito.
A companhia de Caucaia adquiriu duas unidades do modelo, que assim, como os ônibus da Empresa Iracema de Fortaleza, tinham pintura diferenciada dos ônibus convencionais. Os ônibus de prefixo 174 e 175 circularam a partir de 1993 levando seus usuários até a Praia do Cumbuco.
A companhia de Caucaia adquiriu duas unidades do modelo, que assim, como os ônibus da Empresa Iracema de Fortaleza, tinham pintura diferenciada dos ônibus convencionais. Os ônibus de prefixo 174 e 175 circularam a partir de 1993 levando seus usuários até a Praia do Cumbuco.
No mesmo período, a São Benedito adquiriu um Jardineira para transportar seus passageiros até o Porto das Dunas. O ônibus de prefixo 1100 era destaque em vários anúncios que a empresa divulgava convidando os turistas a visitar o complexo Beach Park.
Ainda em Fortaleza, mais um Jardineira foi adquirido, desta vez para a utilização dos clientes do Hotel Praia Centro, que eram servidos pelo ônibus para as mais diversas localidades litorâneas no Ceará.
Ainda em Fortaleza, mais um Jardineira foi adquirido, desta vez para a utilização dos clientes do Hotel Praia Centro, que eram servidos pelo ônibus para as mais diversas localidades litorâneas no Ceará.
Atualmente, um representante do lendário modelo ainda resiste firme e forte no Ceará, transportando os colaboradores da unidade fabril da M. Dias Branco no município de Eusébio.
Fonte: MOB Ceará
Aqui em São Luís temos um exemplar desse histórico veículo, que serviu por anos ao extinto hotel 4 rodas são Luís. Atualmente encontra-se em uma garagem no centro da cidade
ResponderExcluirEm Salvador, quem teve jardineira foi a empresa Ondina. Cheguei a vê-los operar em 1994 ainda.
ResponderExcluirIlhéus, no sul da Bahia tbm teve,era da Riomar. O único Jardineira do Sul da Bahia virou tipo uma sorveteria móvel, está em Itabuna-BA, chassis O-364
http://onibusbrasil.com/foto/4301590/
Marcelo Rocha tbm existe um desse ai no convento das mercês ta la
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