O fim da Viação Santa Cecília reacendeu o debate público sobre a sustentabilidade econômica do transporte urbano de Fortaleza.
O sistema de Fortaleza que, outrora, transportava mais de 1,3 milhões de passageiros por dia, hoje mantém pouco mais de 500 mil.
Ajustes na frota para a adequação ao novo cenário já foram feitos, mas parece que não é a única medida que deve ser tomada.
O presidente do Sindiônibus, Sr. Dimas Barreira, comentou com alguns veículos de comunicação que há a necessidade de auxílio do governo federal para o investimento no setor, uma vez que a prefeitura é incapaz financeiramente de se responsabilizar com tudo.
Por sinal, o subsídio pago atualmente é equivalente a R$2,77 por passagem inteira, e há também a gratuidade estudantil (de uso limitado). A prefeitura não deve alterar esse valor para este ano e quem for adquirir novos ônibus o fará somente para absorver as vagas da empresa fechada.
A frota de Fortaleza aumentou, e muito, a idade média, principalmente influenciada com as consequências da pandemia que afetou diretamente o transporte nos anos de 2020 e 2021. De lá para cá, as empresas tiveram subsídios para conseguir renovar a frota, mas nada chegou ao patamar de 2012, quando se tinha a cobrança da idade média máxima de 4,5 anos e hoje somente 3 empresas de um grande grupo empresarial têm números pertos disso. As menores possuem mais dificuldade, principalmente por que seus custos fixos ficam mais representativos na planilha referente.
Foi cogitada a extinção de algumas linhas deficitárias, e há projetos de unificação de outras delas, que não podemos ainda revelar. Além da inflação sobre os juros de financiamento ser mais um gargalo, os próprios equipamentos também tiveram uma alta desde o lockdown, e não estamos colocando na conta a diferença de preço entre um veículo com ar-condicionado e sem ele.
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Redação: Narcisio Santos