Dia Mundial Sem Carro: Sindiônibus realiza roda de conversa com entidades

O Sindiônibus realizou, na manhã de ontem (22/09), uma roda de conversa ao ar livre no Parque Adahil Barreto, a fim de gerar um debate sobre a importância da prioridade ao transporte coletivo em inúmeras esferas, dentre elas na questão ambiental e de mobilidade coletiva.
 


Após a apresentação dos convidados pelo Sindiônibus, Dimas Barreira abriu as primeiras considerações, falando que a leitura sobre o transporte público, hoje, é principalmente um serviço essencial, não mais uma atividade comercial, que a missão do transporte urbano é ser disponível para todos ainda que alguns prefiram os veículos particulares.

Camila Bandeira que é urbanista disse que é preciso, através da facilitação da comunicação, fazer com que a população entenda melhor as linhas e defende a integração entre todos os modais coletivos (metrô e ônibus).

Já Rafael Maia, presidente da ARCE, opinou que a tarifa zero não pode ser focada em viabilidade econômica, pois o transporte é um serviço essencial, endossando parte dos comentários de Dimas feitos no primeiro momento da roda de conversa. Ele também comentou que as motocicletas tiraram uma boa parte da demanda dos ônibus e aumentou o número de acidentes, uma vez que o ônibus é um transporte mais seguro a vida.


Vilma Freire, da Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), disse que a prefeitura de Fortaleza vem buscando criar micro-parques para gerar deslocamentos curtos para que as pessoas também se mobilizem a pé para ter momentos de lazer, e que 41,6% das emissões de gases vem dos transportes motorizados.

George Dantas, presidente da ETUFOR, disse que busca andar nas comunidades junto às lideranças destas para tentar entender o perfil dos usuários, entender os motivos da migração de modal, e busca soluções para estimular deslocamentos curtos em bairros centros, como Messejana, Bom Jardim e Jangurussu, buscando desestimular o uso dos troncais para fortalecer os alimentadores. Também há projetos para estimular a contratação de funcionários que morem próximos à indústrias de determinados bairros, prevendo, inclusive, propostas de incentivo para reduzir a alíquota do ISS nessas empresas.



Dimas enfatizou que em 6 anos o valor do ônibus mais que dobrou - passando de R$ 450 mil e chegando na casa dos R$ 900 mil, e frisou que a quantidade transportada diariamente em relação à 2025 caiu de 1,1 milhão para 520 mil, e que cerca de 80% das linhas são economicamente deficitárias.

O evento contou com diversos representantes das empresas urbanas e metropolitanas como Vitória, Vega, Dragão do Mar, Aliança, Via Urbana e Viação Fortaleza, esta última que por sinal disponibilizou um ônibus para o transporte da equipe do Sindiônibus até o local. O MOB Ceará também foi um dos convidados, que aproveita para agradecer a lembrança.
 


Redação: Narcisio Santos

1 Comentários

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  1. O sindionibus tem que entender de uma vez por todas que o usuário vai migrar pro ônibus quando a frota for mais decente: vidro selado, bancos com estofado, motorização traseira e veículos maiores nos corredores que já existem. Quem tem a oportunidade de comprar uma moto sai desse sistema sujo e capenga. Fortaleza como uma metrópole não tem ainda um frota que condiza com a magnitude da cidade

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