Para continuar competitiva no mercado externo, com número significativo
de exportações, e manter o posto de um dos maiores geradores de emprego
quando é levado em consideração o nível de nacionalização dos produtos, a
indústria de ônibus negociou nesta quarta-feira, dia 28 de março de
2012, com o ministro da Fazenda Guido Mantega, a desoneração tributária
na folha de pagamento.
O presidente da Fabus – Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus, e vice-presidente de relações internacionais da Marcopolo, José Fernandes Martins, disse à imprensa que o setor aceita substituir os 20% de impostos pagos sobre a falha de pagamento por 1% sobre o faturamento bruto das empresas fabricantes de ônibus.
Ele afirmou que o ônibus é um produto tipicamente nacional e que em
praticamente todas as suas fases de produção é empregada mão de obra
brasileira.
O nível de emprego é mais alto até mesmo em comparação aos carros de passeio, que importam ainda muitas peças.“É um produto artesanal e as fábricas de ônibus no Brasil são quase
todas verticalizadas e produzem quase todos os componentes”, afirmou
Martins.
Além disso, com a desoneração, os preços dos ônibus podem se tornar mais atraentes, o que tem como um dos resultados mais renovações de frotas, tanto urbanas como rodoviárias, refletindo positivamente nos serviços à população.
O ministro prometeu também aumento da alíquota de Cofins para produtos importados cujos similares são produzidos no Brasil, com altos índices de peças e mão de obra nacionais. O benfício também é levado em consideração pelo Governo Federal para as empresas da indústria elétrica e eletrônica e contempla 35 produtos das áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Fonte: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Foto: Adamo Bazani