Mais que um dispositivo que libera a catraca após o passageiro pagar sua passagem, o validador carrega em sua memória diversas informações da operação durante o dia, sendo indispensável a sua correta configuração e funcionamento, sob pena de tornar impossível sua circulação nas linhas urbanas e metropolitanas.
O validador possui alguns termos básicos que giram em torno da operação diária, como Jornada, Viagem, Escala, Tabela, Cartão Operador, Cartão Sacolinha e Coleta.
"Jornada" é o periodo em que o motorista vai trabalhar naquele ônibus, e esta função geralmente é liberada ainda na garagem. Quando chega no ponto inicial da linha, o operador abre a "Viagem" com seu "Cartão Operador", permitido a partir deste momento que o passageiro registre sua passagem. A viagem geralmente tem os sentidos ida e volta, que devem ser alternados sempre que o ônibus chega no final de linha.
Na tela do validador, a aparece as informações de "escala", que é o que conhecemos como tabela, ou seja, a vaga imaginária que o ônibus deve circular, com os horários e os locais previamente definidos. "Tabelas" são um conjunto de arquivos emitidos diariamente pelo Sindiônibus para todas as empresas operadoras, que são transferidos para o validador e que visam o seu correto funcionamento e o mantendo atualizado para operar naquele dia.
Após o fim da jornada, o validador gera automaticamente outros arquivos, que armazenam informações de passagens inteira, meia, passe eletrônico e gratuidades, organizadas por linha, horário, tabela e sentido. Parte destes arquivos devem ser enviados para a Prestação de Contas da empresa enquanto o restante deve ser encaminhado para o Sindiônibus.
Os arquivos são transferidos para Prestação de Contas através do "Cartão Sacolinha", que o motorista passa no validador após o encerramento da jornada. Sem este cartão, o validador simplesmente não fecha a jornada.
Para o Sindiônibus, os arquivos restantes são enviados através de comunicação dos validadores com o servidor da empresa via wifi. Esta transferência é definida como "Coleta". Sem a coleta realizada, o ônibus não pode abrir jornada no dia seguinte.
De posse de todas as informações da circulação diária dos ônibus vinculados ao sistema, o Sindiônibus consegue monitorar e interpretar dados como o Índice de Cumprimento de Viagens (ICV), demanda de passageiros em cada linha, bem como a receita financeira gerada todos os dias. Os dados contribuem para a gestão do sistema, para que a operação seja mais eficiente.
Redação: MOB Ceará
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