A partir do dia 15 de janeiro, os quase 700 mil usuários do transporte público na Capital poderão utilizar o Bilhete Único (BU) nas 336 vans do transporte complementar de Fortaleza. Atualmente, 340 mil pessoas estão cadastradas no sistema, que tem a missão de diminuir tempo e custo das viagens.
A implantação dos novos validadores e das câmeras de reconhecimento biométrico já está sendo concluída. De acordo com o diretor técnico da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira, não deverá haver mudanças de itinerários e linhas. “Os percursos das vans são muito propícios ao Bilhete Único, porque além de ligarem bairros ao Centro, interligam bairros sem precisar passar pelas vias centrais”, afirmou Antônio.
A ampliação do BU para o transporte complementar é a segunda etapa do projeto de integração do transporte público, que inclui ainda, em uma terceira etapa, a utilização do metrô. De acordo com Antônio, a quantidade de integrações realizadas na Capital passou de 340 mil para 1,5 milhão diariamente após a utilização do Bilhete. “A ideia é que 100% dos usuários utilizem o sistema, porque diminui até a circulação de dinheiro”, destacou. Conforme o diretor técnico, um projeto está sendo pensado para estender o Bilhete Único aos turistas, porém, sem data definida para início.
Os equipamentos que serão utilizados nas vans foram comprados em Belo Horizonte e pretendem minimizar a ocorrência de fraudes através do reconhecimento facial, que faz até oito fotos do passageiro para identificá-lo. Caso quem utilize o Bilhete não seja o titular, o número do cartão será inserido em uma lista de restrição. “O cartão não passará em nenhum ônibus ou van novamente e só será liberado após 30 dias”, alertou Antônio.
O fluxo de passageiros nos terminais de integração não deverá ser modificado, estimou o diretor técnico da Etufor. Conforme ele, outras iniciativas precisam ser executadas para que os terminais trabalhem com a capacidade projetada inicialmente. “Hoje há um déficit muito grande, estes equipamentos estão saturados”, frisou. A pesquisa de origem-destino do usuários de transporte público da Capital, que deverá remodelar a estrutura de mobilidade, ainda não tem data para começar. A última foi executada em 1996. Atualmente, apenas estudos sobre os tempos de viagens estão sendo executados.
Fonte: Jornal O Povo