Linha Central é pouco utilizada

Fortaleza tem uma rota de ônibus que circula pelas ruas do Centro da cidade, a Linha Central. Porém, esta é subutilizada. A equipe de reportagem verificou que, das 9h às 10h40, em um dia útil, apenas três passageiros entraram no veículo. Um movimento maior é observado apenas nos horários de pico, entre 6h30 e 8h e 17h30 e19h.

A linha atualmente é operada pela empresa Santa Cecília e opera com 2 micros
A Linha Central circula pelas principais vias de comércio por uma tarifa de R$ 0,40. Pela janela, durante o caminho, é possível observar a Catedral, o Passeio Público a Praça da Estação, o Parque da Criança, entre outros atrativos turísticos.

O presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondim, relata que essa linha será otimizada quando o metrô da Capital estiver funcionando.

Segundo ele, a alternativa tem a função de testar a política de integração temporal e a complementação tarifária. "O passageiro paga parte da tarifa no ônibus convencional e, nesta linha, ele pode terminar sua viagem por um preço menor", explica. Para utilizar o transporte, o usuário deve possuir vale transporte eletrônico, vale transporte avulso ou carteira estudantil com crédito.


O movimento de passageiros é pequeno
Ademar Gondim frisa que a opção de utilizar o meio eletrônico para se pagar a passagem é uma opção do passageiro. "Nesse projeto piloto, o que é importante é, realmente, testar a questão da integração. Posteriormente, a linha será um complemento para o metrô", prevê.

Quando questionado se essa linha poderia ser utilizada em parceria com a Secretaria de Turismo de Fortaleza (Secultfor), o presidente esclarece que o órgão tem um projeto próprio.

"A Secultfor tem um plano de implantar um transporte próprio, com guias, com pagamento diferenciado. A Linha Central é para servir a população cearense, não impedido que os de outros Estados e estrangeiros possam utiliza-lo também", afirma Gondim.

Esse serviço de transporte público tem apenas dois ônibus e percorre quatro quilômetros em cerca de 30 minutos. Nos dias úteis funciona até 20h e, aos sábados, até 16h.

O itinerário segue pela Rua Vinte Cinco de Março, Rua Costa Barros, Rua São José, Rua Rufino de Alencar, Avenida Alberto Napomuceno, Rua Dr. João Moreira, Rua Vinte Quatro de maio, Rua Castro e Silva, Avenida Imperador, Rua Pedro Pereira e Rua Pinto Madeira.


Histórico

A linha central foi disponibilizada para a população em agosto de 2010 e, três meses após a sua implantação, ela já era pouco usada, levando menos de 200 passageiros por dia, enquanto a estimativa de público era de 800 pessoas. Na época, a Etufor anunciou que iria aumentar a divulgação da alternativa para atingir a um maior grupo.

A tarifa do ônibus é de R$ 0,40 (inteira) e R$ 0,20 (meia). O passageiro que quiser utilizar o meio de transporte tem que se deslocar até o Centro por meio do Sistema de Complementar, ou seja, ônibus e vans e, assim, embarcará na Linha Central sem pagar a passagem.

Quando o usuário fizer o caminho de volta do Centro para outros bairros, ele entrará no ônibus, fará o pagamento e terá até 30 minutos para subir em outro transporte público, que terá a tarifa de R$ 1,60 (inteira) ou R$0,80 (meia).

Outro modo de se locomover por Fortaleza de forma ainda mais barata por meio do transporte público existe desde 1992. É o Sistema de Integração, no qual o usuário pode ir a vários pontos da cidade pagando apenas uma passagem de ônibus. Existem dois tipos de linha neste sistema: a que liga bairro ao terminal e a que vai do terminal ao Centro ou a outro terminal. 


A Capital possui sete terminais fechados integrados e dois abertos não-integrados. O sistema possui 247 linha de ônibus, contando ainda com as 22 linhas que fazem corujão.



De acordo com a Etufor, mais de um milhão de pessoas utilizam este serviço. A Cidade possui cerca de 1.788 veículos operantes, fato que muda de acordo com o mês e com o fluxo de passageiros. Desde de 2008 os transportes públicos, assim como o alternativo da Capital cearense, são monitorado via GPS.


Fonte: Deborah Milhome
Fotos: Acervo MOB Ceará/Natinho Rodrigues

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